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Sinto agora um pontada no estômago. Não, não uma pontada — um drenar maldito que me exige e consome, que me estira e me arrasta para um buraco sem cor. É como me sinto em face do belo e do maldito.
Li confissões sobre um dia que poderia, sim, ser um dia qualquer. Todavia, um rosto faz toda a diferença. Não um simples rosto, aquele rosto.
Espero que saiba que é com você mesmo, e a única confissão minha que talvez pudesse lhe servir de consolo é que, se houvesse possibilidade, ficaria intumescida na presença dela e de sua expressão secular. Milenar. A vi transcrita em papel em bytes nessa coisinha quadrada e agora sinto-me completamente só e invejosa, sinto-me um graveto pisado. Mas sinto também um transcender inacreditável, moléculas desagregando-se. Vai tomar no cú.
Desculpe me intrometer nesse diálogo cruel: somos humanos, demasiadamente humanos, e creio ser um papel digno de ser cumprido, desde que sincero e vísceral. O "vai tomar no cu" é a fala ideal para qualquer início de conversa e, pasmem, para o fim delas também.
ResponderExcluirIntromissão? Onde?
ResponderExcluirEstava falando da minha ervilha.
"Lavar copos" é sobre você...O resto de hoje é a boa ficção de sempre...melhor do que a realidade.
ResponderExcluirImaginei e já comentei lá...
ResponderExcluirObrigada, gostei muito também.
Expressão engraçada essa: falar da ervilha...Mas quem fala, fala para algo e para alguém, por isso pedi licença...intrometido, não?
ResponderExcluirPor isso não há intromissão. Com mais atenção e notando a vaga intertextualidade, você perceberia que falo com você. Quem sabe agora, relendo com outros olhos...
ResponderExcluirAlém do mais, aqui não há cercas. Deixe disso, não serão necessários pedidos de licença...
Então vou considerar o "vai tomar..." como um elogio ao texto...mesmo que ele, sem querer, tenha trazido as ervilhas à baila...
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