terça-feira, 4 de janeiro de 2011

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Hoje é dia par. Dia de marretada, de cerveja, de fritura, de garoa, de desejo.
Flutuo. Leio e releio e só me sobram película, miado, fé, trovão por trás de mansidão.

Se persisto, não é por mim.












E me vem a desistência, morro por dentro; a leveza do nada me envolve macio. Dissuadir-me-á ninguém, mas já não sou senhora de mim mesma. Nem estrangeira de mim mesma. Sou um grão de sal no mar do céu. Mas nada está em calma; o tempo não cura, o beijo não dura, minha alma não tem a mesma idade que a idade do céu.

4 comentários:

  1. Desculpe-me a retórica clássica. Foi o que pensei depois de ler o texto.

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  2. Usando uma retórica amiga sua: Vá tomar no cu!

    A histórinha dos números, confesso, me desinteressou um pouco. Mas esse seu post está sublime. Palavrinha cara ao meu vocabulário, que já não a tem em profusão...

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  3. Guys,

    Obrigada.

    A historinha dos números, confesso também, me desinteressou um pouco. Já enxergo nela os clichês que tentei evitar e a monotonia que significa morte.

    Quanto ao "sublime", obviamente não criei sozinha, como a maioria das coisas que interessam a vocês neste blog. Minha criatividade se esvai lentamente... Em pouco tempo terei nada, como o branco que a gente vê, em certo ponto da vida, quando nos perguntam sobre o futuro.

    Me desculpem. Ces't la fucking vie.

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