Deixei de lado as tintas a óleo e o carvão. Os rolos de linho e de algodão faziam-se pó.
Respingos de futura acidez faziam de minha janela morada, refrações da luz da cidade da luz. Meu olhar não chegava além do tabaco tostado ou da agulha quebrada da vitrola.
Em meio aos lençóis usados estava eu, imóvel.
Em razão de ser ainda capaz de jurar que o ouvia entrando, jogando o que carregasse num lugar qualquer, correndo, arrancando qualquer vestígio de tecido, arrancando qualquer vestígio de si mesmo, lançando-se. Sobre mim.
Não ouvi — era memória.
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Você, a menina dali e o imagista cético estão me obrigando a querer melhorar minha escrita. Si fudê! Vocês estão me arrancando de minha preguiça...
ResponderExcluirPelo menos para isso servimos...
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