sábado, 27 de novembro de 2010

some people die in the middle*

   Ainda não pude me decidir a respeito do que é pior: "Se eu tiver" ou "Se eu tivesse"?

   Como ainda não pude deixar de ser uma adepta dos eternos clichês, aí vai um, meio adaptado, devo dizer: de nada adianta chorar sobre o leite derramado — muito menos pela hipótese da queda.

  Estamos presos bem no meio dos "se acontecer" e
"se tivesse acontecido".

  Mas apesar de ter notado isso, confesso que o "se" de ontem não me incomoda muito, já o "se"de amanhã... Às vezes me tortura. Se sugiro aqui (para um alguém qualquer) que deixe o que poderia ter sido para trás e o que poderá acontecer lá na frente — ou aqui, em suas mãos (pois, quando possível, ter controle é mais revigorante) — é para que eu mesma tenha coragem para parar de me perguntar "Mas e se?", já que isso de nada me servirá e, ao invés de me preparar, me desespero, e quando me desespero, esqueço do agora; o "Se for" torna-se um "É" ridículo, mais caótico e terrível. Pretendo, então, preocupar-me com o que pode ser quando for, e se tal conduta de nada me servir... Bem, vamos deixar essa possibilidade pra quando já não tiver servido.

*Verso de Die By The Drop, The Dead Weather

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