terça-feira, 7 de agosto de 2012

E eu, que amo poesia e não digo, que odeio tudo que escrevem, que sofro com Quintana, tão triste e sozinho naquele quarto de hotel, que me mato ouvindo Cecília e Clarice chorando aos meus ouvidos, que volto no tempo e tento entender Noel e Augusto, que chuto Oswald e abraço Mário, que finjo que eles não existem que é pro mundo não ver a dor que eles compartilham comigo e só comigo, perco as forças, me derreto, esqueço quem sou e que é poesia, quando te vejo escrita, quando te leio, e com você...

Cristal Magalhães Neves

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