Acorda. Respira. Não, inspira, e com força, para sentir nos pulmões o ar que antes os preenchia com o perfume que ela costumava usar para disfarçar o cheiro dos cigarros. Não sente nada. Ela se foi — e levou com ela a sanidade.
Agora anda com os olhos saltados de insensatez, o estômago vazio, os braços descobertos indiferentes à temperatura, o sangue cheio de álcalis, querosene, ácido sulfúrico e aguardente — e suicídio.
Mas suas botas ainda não deixaram o concreto.
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Gostei de você ter voltado a escrever. Bom texto, aliás!
ResponderExcluirOutra vez, relato. Triste relato...
ResponderExcluirUltimamente só essas coisinhas bem "inhas" mesmo...
tic-tac-tic-tac
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